Nesta parte 2 de nosso artigo, vamos detalhar a elicitação de requisitos e suas técnicas. Confira a parte 1 aqui neste link. O processo de elicitação é mais do que coletar e reunir requisitos. Os requisitos não estão “prontos” nas mentes das partes interessadas ou em outros documentos, esperando para serem coletados e reunidos. É necessário um esforço para transformar desejos e necessidades em requisitos claramente elicitados. Alguns fatores contribuem para o sucesso de um processo de elicitação de requisitos, particularmente um bom planejamento e preparação da elicitação, o engajamento ativo dos envolvidos, clareza na definição da necessidade de negócio e conhecimento do assunto por parte dos envolvidos na elicitação. Uma ampla gama de técnicas está disponível. Essas técnicas podem ser utilizadas isoladamente ou em conjunto para se alcançar o resultado desejado. Algumas técnicas comumente utilizadas são:
Quem elicita requisitos deve empregar escuta ativa para tentar capturar toda a informação que chega com cada resposta. Escuta ativa é o ato de ouvir completamente “com todos os sentidos”. Uma boa prática é parafrasear ou repetir o que foi dito pelo entrevistado para garantir um entendimento acurado do que foi comunicado. Isso envolve suspender todo o julgamento sobre o que está sendo ouvido, para que a informação possa fluir livremente. Dependendo da área de aplicação do produto que será desenvolvido, vários métodos de modelagem visual podem ser utilizados como auxílio na elicitação de requisitos, tais como, Diagramas de Caso de Uso, Wireframes, Diagramas de Contexto entre outros. Quando se aplicam técnicas que envolvem interação com as partes interessadas, é importante que o responsável pela elicitação prepare-se adequadamente para a sessão. Essa preparação deve envolver uma definição clara dos objetivos que se pretendem alcançar com a sessão de elicitação, a definição dos participantes e a preparação de perguntas a serem feitas para os entrevistados. A respeito das perguntas a serem feitas numa sessão de elicitação, é importante notar que não há uma pergunta “certa” que fornecerá a informação exata que gerará a solução perfeita. A pergunta certa não é conhecida até que a pergunta seja respondida e a resposta analisada. Em muitos casos, informações que levam a soluções perfeitas chegam aos pedaços a partir de várias perguntas feitas a vários participantes. De maneira geral, quanto mais questões são perguntadas, maior a chance de se fazer a pergunta certa. Uma ferramenta interessante para gerar ideias sobre perguntas a serem feitas é adotar uma espécie de “checklist” de espécies de requisitos, particularmente para os requisitos não-funcionais, conforme apresentado adiante. É importante lembrar que nem todas as perguntas são planejadas. Boa parte da conversa durante uma elicitação de requisitos é espontânea, ainda que direcionada e investigativa por natureza. A seguir é apresentado um exemplo de notas de preparação para uma sessão de elicitação para discutir uma mudança de escritório: Um aspecto também importante durante a elicitação é a consideração dos requisitos não-funcionais (ver definição na parte 1 deste artigo). Estes descrevem certas condições ambientais ou atributos requeridos para garantir que o produto funcione efetivamente, e podem ser subdivididos em várias espécies, como as apresentadas a seguir, que podem servir como um checklist de apoio ao processo de elicitação:
Na próxima e última parte deste artigo, trataremos da documentação e análise dos requisitos elicitados, e de seu monitoramento e controle para entregar uma solução que atenda às partes interessadas. Este artigo faz parte do Programa Esteiras de Gestão da Academia DC. Clique aqui, faça sua inscrição e acesse gratuitamente vários conteúdos online para aperfeiçoar suas habilidades gerenciais! Referências bibliográficas:
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Outubro 2024
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