A partir do advento do ChatGPT, Inteligência Artificial (IA) se tornou o assunto da moda em 2023. Mas na verdade, IA é tema de pesquisa e aplicações práticas há décadas. Naturalmente, a capacidade computacional (armazenamento e processamento) atual tem habilidade cada vez mais casos de grande impacto. O próprio ChatGPT (OpenAI) e o seu concorrente Bard (Google) se baseiam em tecnologias denominadas LLM (Large Language Models), que são plataformas especializadas de machine learning.
O Gartner revelou, em uma pesquisa, que a publicidade do ChatGPT incentivou 45% dos executivos a aumentar os investimentos em IA e 70% dos participantes afirmaram que suas organizações estão em modo de investigação e exploração com IA generativa. O Panorama 2024 da Amcham em parceria com a empresa Humanizadas, cuja pesquisa obteve retorno de 500 executivos brasileiros, mostra que 60% veem Inteligência Artificial (IA) como uma das principais forças disruptivas para o próximo ano. Em relação a adoção de IA, 68% já estão utilizando para automatizar tarefas, reduzir custos operacionais e dar suporte à tomada de decisões, outros 32% ainda não adotaram essa tecnologia no dia a dia do negócio. Neste mesmo estudo, 62% das empresas brasileiras estão em zona de aprimoramento quando consideramos sua prontidão para inovar e fazer frente à disrupção. Casos de Uso de Gerenciamento de Projetos de IA IA vem impactando o gerenciamento de projetos há algum tempo, pois temos vivenciados projetos envolvendo grandes volumes de dados na busca de insights, projetos que automatizam processos repetitivos (Robotic Process Automation ou RPA), projetos de chatbots como Bradesco Inteligência Artificial (BIA) ou Leroy Merlin Inteligência Artififical (LIA), ou mesmo projetos que embutem algoritmos de IA que suportem a operação de equipamentos eletromecânicos. O ciclo de vida destes projetos é distinto da abordagem em cascata, se assemelhando mais com práticas ágeis, mas tem seu ciclo próprio. Quem teve a oportunidade de ir à Disney e usufruir da Magic Band não tem ideia da sofisticação tecnológica que existe para prover àquela experiência do visitante. É uma composição de Iot (Internet das Coisas) com sensores espalhados por todos os parques e hotéis da Disney, Big Data, Analytics, Machine Learning, etc. Em recente relatório The Generative Dossier da Deloitte, apresenta diversos casos em setores tais como Produtos de consumo, Varejo, Automotivo, Viagens, Transportes, Financeiro, Governo e serviços públicos, Saúde, Tecnologia, Telecomunicações e Mídia. Os casos são compostos por modalidades de Texto, Código, Áudio, Imagem, Vídeo e 3D/Especializado. E os benefícios projetos são nas seguintes áreas: Redução de custos, Eficiência operacional, Crescimento, Descobertas e insights, Inovação acelerada e Serviços ao cidadão. A IA generativa pode ser usada para complementar o trabalho dos desenvolvedores de software, ajudando a criar e manter vários aplicativos e plataformas. Geração de conteúdo de última geração com a IA generativa, a empresa pode criar descrições de produtos, imagens, vídeos e muito mais de forma mais rápida e consistente do que com as ferramentas e processos existentes. A IA generativa pode ser usada para reconciliar lições aprendidas com paralisações anteriores de equipamentos, identificar oportunidades para planejamento de manutenção, fornecer aos planejadores as informações necessárias para desafiar suposições sobre este planejamento e desenvolver estratégias para minimizar o impacto em todo o sistema. Assim, a IA generativa ajuda a otimizar os cronogramas de manutenção ponderando fatores operacionais (por exemplo, uso do equipamento, requisitos de produção e custos de manutenção), recomendando os cronogramas mais eficientes e econômicos e analisando o uso do equipamento e dados de desempenho para minimizar o tempo de inatividade e maximizar a disponibilidade do equipamento. Há 2-3 anos atrás mediei painel Projetos Inteligência Artificial onde focamos nos desafios e aprendizados necessários para se implementar a cultura de projetos numa organização. Como exemplos destas questões temo a capacitação dos profissionais, tanto técnicos como executivos, a cultura organizacional, qualidade de dados, tecnologia e infraestrutura, e de grande relevância a definição de uma estratégia para a jornada de IA. O conteúdo ainda é válido em muitas organizações e trata de questões importantes também na adoção de IA no gerenciamento de projetos. Tema que exploramos a seguir. Casos de Uso de IA em Gerenciamento de Projetos Apresentaremos casos de uso em que a IA tem sido utilizada para melhorar o gerenciamento de projetos. Examinaremos como a IA pode ser aplicada para otimizar o planejamento, prever riscos, aprimorar a alocação de recursos, melhorar a gestão do tempo e custos, entre outros aspectos fundamentais do gerenciamento de projetos. Elaboração de Cronogramas Tecnologias: Large Language Model (LLM) com base em Linguagem Natural. Descrição: Uma responsabilidade crítica de um gerente de projeto é criar um cronograma. Tradicionalmente, muitas empresas contam com modelos de cronograma predefinidos que contêm fases, marcos e tarefas comumente necessários de acordo com o ciclo de vida de cada projeto típico. No entanto, essa abordagem estática ajuda pouco em projetos complexos e novos, mas a IA pode gerar cronogramas elaborados e precisos analisando todos os dados disponíveis, em questão de segundos, ao invés de horas ou dias do procedimento manual. À medida que nós treinamos para descrever melhor o contexto, os cronogramas se tornaram mais precisos. Simplesmente declarar o contexto como "projeto de implementação de ERP com duração de 12 semanas" pode ser melhorado adicionando mais contexto, como "lançamento global de um novo sistema ERP para cinco regiões seguindo a metodologia SAP Activate, começando na segunda semana de maio 2023 e para terminar um ano depois." Em segundos um cronograma bastante detalhado foi gerado, sendo um bom rascunho inicial. Na medida que a descrição do projeto seja aprimorada e maiores detalhes são fornecidos, e base de referência seja rica de informações, o resultado final pode chegar a impressionar, mesmo o mais experiente gerente de projetos. Desafios: Garantir a disponibilidade e qualidade dos dados históricos, adaptar o modelo a projetos únicos e lidar com mudanças repentinas no ambiente do projeto. Benefícios: Velocidade na elaboração de cronogramas complexos, melhor planejamento de recursos. Previsão de Cronogramas e Atrasos Tecnologias: LLM, Aprendizado de Máquina, Redes Neurais. Descrição: Utilizando técnicas de aprendizado de máquina e redes neurais, é possível analisar o histórico de projetos anteriores e fatores que influenciam o desempenho do cronograma, como recursos disponíveis, complexidade das tarefas e experiência da equipe. Com base nessa análise, o sistema pode prever possíveis atrasos e auxiliar na tomada de decisões para mitigar esses riscos. Desafios: Garantir a disponibilidade e qualidade dos dados históricos, adaptar o modelo a projetos únicos e lidar com mudanças repentinas no ambiente do projeto. Benefícios: Melhoria na estimativa de prazos, redução de atrasos e melhor planejamento de recursos. Gerenciamento de Riscos e Tomada de Decisões: Tecnologias: Sistemas Especialistas, Processamento de Linguagem Natural. Descrição: Sistemas especialistas baseados em regras podem ser desenvolvidos para avaliar riscos em projetos, considerando critérios específicos e as interações entre diferentes fatores. Através do processamento de linguagem natural, esses sistemas podem interpretar informações de relatórios e documentos para identificar riscos potenciais e apoiar a tomada de decisões informadas. Desafios: Definir regras precisas para avaliar riscos, lidar com ambiguidade e incerteza nas informações textualmente apresentadas. Benefícios: Melhoria na identificação e tratamento proativo de riscos, tomadas de decisões mais embasadas. Otimização de Recursos: Tecnologias: Algoritmos de Otimização, Machine Learning. Descrição: Algoritmos de otimização e aprendizado de máquina podem ser aplicados para alocar recursos de forma mais eficiente ao longo do projeto, considerando diferentes restrições e prioridades. Essas técnicas ajudam a maximizar o uso de recursos disponíveis e minimizar conflitos entre projetos em uma carteira de projetos. Desafios: Definir as restrições e objetivos de otimização, desenvolver modelos que lidem com mudanças dinâmicas nos projetos. Benefícios: Melhoria na alocação de recursos, aumento da produtividade e redução de custos. Análise de Sentimento e Feedback do Projeto: Tecnologias: Processamento de Linguagem Natural, Análise de Sentimento. Descrição: Utilizando técnicas de processamento de linguagem natural e análise de sentimento, é possível coletar e analisar dados de feedback de clientes, membros da equipe e stakeholders do projeto. Essa análise pode fornecer insights valiosos sobre a satisfação e percepção das partes interessadas em relação ao projeto. Desafios: Tratar dados não estruturados, interpretar corretamente o sentimento expresso nas avaliações. Benefícios: Maior compreensão do feedback do projeto, identificação rápida de problemas e oportunidades de melhoria. Gerenciamento de Equipe e Colaboração: Tecnologias: Plataformas de Colaboração, Chatbots. Descrição: Plataformas de colaboração permitem que as equipes de projeto trabalhem em conjunto em tempo real, compartilhando informações, atualizando status de tarefas e trocando mensagens. Chatbots também podem ser integrados para responder perguntas comuns da equipe, fornecendo informações relevantes e agilizando a comunicação interna. Desafios: Integrar efetivamente diferentes sistemas de colaboração, garantir a segurança e privacidade dos dados. Benefícios: Melhoria na comunicação e colaboração entre a equipe, aumento da produtividade e eficiência. Atividades administrativas Tecnologias: Large Language Model (LLM) com base em Linguagem Natural. Assistentes virtuais ou Co-pilots embutidos nas plataformas (MS Office Google, Zoom, etc) Descrição: Uma das atividades do gerenciamento e projetos envolve a elaboração de documentos de gestão (atas, relatórios, notas, registros, e-mails, etc.), análise e revisão de outros documentos (contratos, atas, relatórios, e-mails, etc.). Com recursos já disponíveis hoje é possível gerar automaticamente a transcrição de uma reunião virtual ou mesmo presencial, e a respectiva ata com os destaques. Com RPA alguns fluxos de entrada, aprovação e distribuição de documentos podem ser automatizados. Relatórios põem ser produzidos e distribuídos automaticamente de forma customizada conforme preferência da parte interessada. Ferramentas permitem tanto a geração de imagens, como vídeos e áudio de forma tão rápida e a baixo custo que irão enriquecer sobremaneira a apresentação de questões complexas, acelerando o entendimento e a tomada de decisão. Desafios: Garantir a disponibilidade e qualidade dos dados históricos. Se adaptar ao uso de múltiplas ferramentas de apoio Benefícios: Velocidade na elaboração e análise de documentos do projeto. Riqueza e qualidade nos documentos do projeto. A IA tem um potencial significativo no gerenciamento de projetos, proporcionando soluções inovadoras para otimização de processos, previsão de riscos, tomada de decisões informadas e melhorias na colaboração da equipe. No entanto, é importante destacar que a implementação bem-sucedida dessas tecnologias requer uma compreensão aprofundada das necessidades do projeto, dados de qualidade e a seleção adequada das técnicas de IA para atender aos objetivos específicos do gerenciamento de cada projeto. Para reflexões futuras, como fica o ciclo de vida de desenvolvimento de produtos com IA? Práticas ágeis e em cascata são impactadas, como? Autor: Werther Krause
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Um dos maiores desafios ao utilizar métodos ágeis em empresas com uma cultura tradicional de gestão é o empoderamento das equipes. O empoderamento é de extrema importância para que as equipes alcancem a tão desejada "auto-organização". Quando falamos de times auto-organizados, não estamos sugerindo que as pessoas podem fazer o que quiserem ou que a figura do gerente seja eliminada. Estamos, na verdade, falando de uma mudança que busca reduzir a hierarquia e a tradicional relação de comando e controle. O que é o Management 3.0? O Management 3.0 é uma abordagem, acompanhada de uma coleção de jogos, ferramentas e práticas em constante evolução, projetada para ajudar profissionais a gerenciar organizações de forma mais eficaz. Ele é organizado em seis visões: Energizar Pessoas: Reconhece que as pessoas são o ativo mais valioso de uma organização, e os gestores devem esforçar-se para mantê-las ativas, criativas e motivadas. Empoderar Equipes: Promove a ideia de que as equipes podem se auto-organizar, desde que haja confiança e consentimento da gestão. Alinhar Restrições: Reconhece que a auto-organização pode levar a diversas direções, e, portanto, é necessário proteger as pessoas, compartilhar recursos e definir metas claras. Desenvolver Competências: Destaca a importância de melhorar as habilidades dos membros da equipe, pois equipes só podem atingir seus objetivos quando seus membros são competentes. Crescer a Estrutura: Reconhece que muitas equipes operam em um contexto organizacional complexo, enfatizando a necessidade de estruturas que favoreçam a comunicação. Melhorar Tudo: Reforça a ideia de que pessoas, equipes e organizações devem buscar a melhoria contínua para evitar o fracasso. Agora que definimos o que é o Management 3.0 e sua estrutura, vamos explorar como a delegação e o empoderamento das equipes se encaixam nesse contexto. Como Management 3.0 pode ajudar na delegação e no empoderamento. Quando falamos de auto-organização, não estamos falando de total anarquia, mas sim da liberdade que as equipes precisam para organizar o trabalho e gerar valor em seus resultados, enquanto desfrutam do processo. No Management 3.0, a delegação não é vista como um simples ato binário de "delegar" ou "não delegar", mas sim como um processo contínuo e evolutivo, dividido em sete níveis: "Dizer", "Vender", "Consultar", "Concordar", "Aconselhar", "Perguntar" e "Delegar". Dizer: O gestor dá ordens sem delegar responsabilidades. Vender: O gestor toma decisões, mas busca o comprometimento da equipe. Consultar: O gestor consulta a equipe antes de tomar uma decisão, mas a decisão final ainda é dele. Concordar: O gestor convida a equipe a discutir e chegar a um consenso. Aconselhar: O gestor expressa sua opinião, influenciando a equipe, mas permite que ela tome a decisão final. Perguntar: A equipe toma a decisão e comunica ao gestor. Delegar: A equipe assume total responsabilidade pela decisão. Para iniciar o processo de delegação, são utilizadas práticas como o "Delegation Poker" e o "Delegation Board", que estabelecem níveis de delegação de forma transparente. Delegation Poker e Delegation Board Essas ferramentas são fundamentais para envolver a equipe no processo de delegação e criar um relacionamento de responsabilidade claro entre o que está sendo delegado e os resultados esperados. Além disso, a delegação não é uma ação única, mas sim um processo contínuo que evolui com o tempo. Segue um exemplo de Delegation board: A nível de Linha, teremos os itens a serem delegados.
Na coluna, teremos os níveis de delegação. Na célula, o nível de delegação associado a cada item Para utilizar essas ferramentas na prática, siga os seguintes passos:
O Management 3.0 desafia a abordagem tradicional de gestão, tornando as organizações mais flexíveis e adequadas para a adoção de metodologias ágeis, como o Scrum. É uma mudança de paradigma que enfatiza a importância das pessoas e do desenvolvimento contínuo. Grande Abraço e até breve. Para Ler outros artigos acesse o blog da DC-DinsmoreCompass Referências: · Appelo, Jurgen. Managing for Happiness: Games, Tools, and Practices to Motivate Any Team. 26 jun 2016 · Appelo, Jurgen. Management 3.0: Leading Agile Developers, Developing Agile Leaders · https://management30.com/practice/delegation-board/ Quer conhecer mais sobre práticas do Management 3.0? Participe de um de nossos Workshops e aprofunde seu conhecimento sobre Management 3.0: www.sympla.com.br/evento-online/management-3-0-foundation-workshop-oficial-nov/2167098 Autor: Daniel Nunes Sustentabilidade aplicada ao gerenciamento de projetos: como garantir que essa dupla funcione?28/9/2023 Você sabe qual é a importância de, hoje em dia, adotar práticas sustentáveis no gerenciamento de projetos? Adotando as ferramentas e técnicas adequadas para gerenciar projetos (ágil, híbrido ou preditivo) você investe nas práticas mais modernas de gestão e se destaca, sabia?
O conceito de sustentabilidade é um dos mais difundidos atualmente. Ele está relacionado à necessidade de usar adequadamente os recursos disponíveis. Se bem alinhados, os princípios e ferramentas de gestão de processos e sustentabilidade trazem resultados melhores e influenciam todo o ecossistema ao redor da empresa. A seguir, vamos entender como o gerenciamento adequado de projetos, aliado à sustentabilidade, beneficia as empresas! 5 pontos a considerar no momento de aliar gerenciamento de projetos a sustentabilidade O foco no “tripé da sustentabilidade”, ou seja, nos pontos que o ESG prega (Meio Ambiente, Sustentabilidade e Governança) não pode ter o objetivo apenas de trazer lucros, mas, sim, desenvolver resultados do ponto de vista social, econômico e ambiental. Veja alguns benefícios da união entre gerenciamento de projetos e sustentabilidade: 1. Redução dos desperdícios De forma objetiva, isso significa não gastar matéria-prima ou suprimentos de maneira desnecessária. Entretanto, os resultados vão mais além. Como fazer na prática? Planeje adequadamente toda a logística do empreendimento de forma a otimizar deslocamentos de veículos (menor consumo de combustível fóssil). Eliminar ou reduzir uso de descartáveis como copos e pratos. Atitudes adequadas e uma metodologia eficiente reduzem as chances de desperdícios em todas as frentes e maximiza as chances de sucesso do projeto. 2. Aproveitamento mais inteligente de recursos Quando o uso de recursos é consciente e bem planejado, há uso racional de dinheiro, capital humano e recursos que geram impactos ambientais. Isso se reflete em todo o projeto, incluindo cronograma e orçamento, ajudando a organização a alcançar a sustentabilidade econômica. Neste ponto, muitos projetos envolvem toda uma cadeia de fornecedores que devem fazer parte da equação de sustentabilidade, otimizando eles próprios o uso dos recursos. E devem explicitar estas ações para a gestão do projeto que irá acompanhar estes usos e verificar o nível de compliance/ governanças as boas práticas de sustentabilidade dos projetos. 3. Menos impactos socioambientais Quando a empresa foca em minimizar ou compensar as consequências de suas atividades, menores são os impactos causados por ela no ambiente e na comunidade. Além disto, incluir a sociedade neste debate é fundamental para maior eficácia nas ações planejadas. 4. Mais qualidade geral A preocupação com o uso consciente dos recursos traz benefícios em várias frentes, inclusive com o público. Com essas ações sustentáveis voltadas ao gerenciamento de projetos, cria-se uma relação positiva com o público, parceiros e fornecedores, gerando mais fidelização. 5. Busca por certificações verdes Ações consistentes voltadas ao tema “sustentabilidade” permitem que a organização busque as certificações verdes. Isso agrega mais valor às operações e à imagem da empresa. Neste sentido, cresce a necessidade de conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ou ODS. Essa sigla soa conhecida para você? Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), composta por 193 Estados-membros da ONU definiu metas mundiais para que ‘ninguém no mundo fosse deixado para trás’. Partindo de quatro principais dimensões: social, ambiental, econômica e institucional, os ODS defendem que é necessário levar o mundo a um caminho sustentável com medidas transformadoras. Assim, foram definidos 17 objetivos e 169 metas globais interconectadas, a serem atingidos até 2030 – a , como ficou conhecida, “Agenda 2030”. Conhecendo os ODS, o gerente de projeto potencializa a sua liderança em prol de projetos e sociedade mais sustentáveis. Seguem alguns dos ODS mais relacionados ao desenvolvimento de projetos: · 09 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação. · 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. · 12 – Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. · 13 – Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. · 14 – Vida na água: conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares, e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. · 15 – Vida terrestre: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade. · 17 – Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Embora não exista uma fórmula pronta para aplicar a sustentabilidade ao gerenciamento de projetos, é importante, antes de tudo, transformar a forma com que as pessoas enxergam a execução de projetos. Um mito histórico é associar sustentabilidade como custo adicional, tipicamente pela ausência de gerenciamento de valor. Vale muito reforçar a cultura da empresa e as boas práticas que devem ser aplicadas, usando sempre a tecnologia a seu favor! Autor: Werther Krause |
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