O chefe que comanda e controla, ou seja, centraliza a gestão, tem cada vez menos espaço no mercado de trabalho. Isso porque a chegada de novas tecnologias, a globalização e a mudança na cultura das empresas inviabilizou essa abordagem, dando lugar a novos pilares da liderança inspiradora.
As formas de uma companhia criar valor e interagir com clientes não combinam mais com lideranças verticais, fazendo com que o gestor precisasse conduzir o fluxo de informação para e entre os profissionais. E o pilar que sustenta tudo isso é o diálogo. Independentemente da robustez de uma empresa – ela pode ser multinacional, startup, blue-chip, com ou sem fins lucrativos, etc. – o que se nota é que uma abertura das lideranças e confiança na capacidade de cada profissional do time é o que sustenta as boas relações de trabalho e resultados cada vez melhores. Como deve agir o líder inspirador É claro que não existe uma fórmula de comportamento definida para o líder inspirador. Entretanto, sabemos o que costuma dar certo e o que não funciona mais. Atualmente, a relação entre um líder e um profissional da equipe deve ser mais parecida com uma conversa em vez de apenas se resumir a ordens disparadas em série. Entre as principais vantagens desse tipo de relação está o fato de existir uma predisposição para o diálogo, fazendo com que uma empresa funciona como se fosse pequena. Além disso, há maior envolvimento de todos, comprometimento, alinhamento estratégico e flexibilidade operacional. Basicamente, a liderança inspiradora deve adotar três elementos do diálogo organizacional para conversas interpessoais: intimidade, interatividade e inclusão. A seguir, explicamos brevemente como cada elemento funciona. Veja: Intimidade: é fundamental que exista proximidade entre os membros de uma equipe. Por isso, o líder deve minimizar a distância (comportamental, física e institucional). Falar de maneira direta e autêntica com todos da organização ajuda a criar um senso de pertencimento e aumenta a confiança de todos do time. Outra mudança é na direção da comunicação. Em vez de distribuir informações de cima para baixo, o foco é a troca de ideias de baixo para cima, de maneira informal. Para que tudo isso aconteça, no entanto, a confiança é essencial. Ninguém pode ser sincero e transparente com alguém em quem não confia. Interatividade: um líder deve falar “com” trabalhadores e não “para” eles. Ao abrir esse espaço na conversa ela se torna fluida e muito mais confortável, deixando a porta aberta para uma dinâmica muito mais positiva entre gestor e profissionais. As mídias sociais são grandes aliadas nesse momento. Ao instalarem uma cultura interativa, os líderes criam um ambiente favorável ao diálogo e fazem com que todos da organização se sintam livres para abordar os mais variados assuntos sem receios. Inclusão: ao viabilizar uma conversa, as oportunidades são igualadas e a discussão toda é partilhada. Assim, cada um insere suas ideias e essências, gerando um conteúdo que compõe a história da própria empresa. O profissional deve ser visto como um provedor de conteúdo da empresa, oferecendo feedbacks constantes em vez de apenas criticar o trabalho apresentado por outros. Ao liberar os canais oficiais da empresa, por exemplo, o líder inspirador transforma cada pessoa em embaixador da marca e formador de opinião. Sabemos que não é fácil para executivos cederem o controle de como a empresa é representada no mundo. Entretanto, aceitar que mudanças culturais e tecnológicas derrubaram esse controle é o passo inicial para deixar a vida organizacional mais leve e produtiva. Com uma boa comunicação e motivação dos profissionais as chances de o seu negócio crescer e ser cada vez mais ouvido e considerado são muito maiores. Que tal apostar nisso?
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Agosto 2024
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