O RPA pode ser a alavanca para iniciar sua automação. A automação nas empresas acelerou nos últimos anos, segundo Gartner, e a perspectiva das empresas é de manter ou aumentar esse ritmo nos seus negócios. A automatização dos processos inicia a jornada de transformação digital na empresa e o RPA é uma dessas tecnologias. Você sabe o que é RPA? RPA, Robotic Process Automation, ou Automação de Processos Robóticos, é uma tecnologia que automatiza processos, atividades ou tarefas repetitivas, padronizadas e baseados em regras. RPA é um robô virtual que executa um sequenciamento de passos de um processo ou tarefas em um software. Segundo o BPM CBOK V3.0 (Business Process Management Common Book of Knowledge), processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais resultados. Os processos são classificados em primário, suporte e gerenciais e estes podem ter níveis de detalhamento, definidos de acordo com a estratégia da empresa. Eles podem ser: macroprocesso, processo, atividade e tarefa, onde se encontra oportunidades para automações e transformações. Entretanto, nem sempre o RPA é a solução para todos os problemas com possibilidades de automação. Para saber se cabe ou não, precisa identificar algumas características chaves que ajudam a eleger um processo como possível candidato para implementação do RPA. Elas são:
Duas dicas de situações que não é possível automatizar: dados não estruturados e, sistemas ou tecnologias que não possibilitam integrações. Selecionado o processo, a etapa seguinte é entender mais detalhadamente suas atividades, definir e desenvolver a sequência de passos, o “script do robô”, como se fosse um usuário executando a ação. Atenção! Avalie se precisa realizar alguma melhoria antes da implementação da tecnologia. Isso evita automações em processos ruins e evitar erros, ou seja, “quebra” do robô. Alguns exemplos de uso: acessar sites e aplicações em nuvens; criar, editar e salvar planilhas ou documentos de texto; monitorar, redigir e responder e-mail; preencher e atualizar formulários; processar de pedidos; fazer gravações; coletar informações de redes sociais; gerar relatórios entre outras. Os robôs podem ser assistidos ou autônomos. O uso depende das características e regras levantadas para automação. O primeiro opera na máquina do funcionário do seu time, com supervisão, completando a tarefa de uma pessoa, por exemplo. Já o segundo, executa de maneira independente, sem intervenções humanas, via agendamentos e ideal para grande volume de dados ou informações. É importante destacar que um projeto de implantação de RPA precisa analisar as viabilidades técnica e financeira (ROI) ou algum outro critério de valor que a empresa julgue como prioritário. Esses pontos ajudam a identificar se vale o esforço de implantação, além de estar alinhada a estratégia da empresa. Ao adotar um robô, ou trabalhador virtual, destacamos alguns dos principais benefícios:
Um trabalhador digital também precisa ter sua rotina e tarefa planejadas. É necessário observar as seguintes variáveis: tempo de execução do robô, frequência de execução, tempo de resposta do processo, volume de execução e periodicidade, horário de execução e importância estratégica para o negócio. Com essas variáveis medidas e acompanhadas, o robô consegue ter mais de uma atribuição, ou seja, mais “responsabilidade”, inclusive em processos distintos. Com trabalhadores virtuais implementados, uma estrutura de governança pode ser necessária ou o líder da área de negócio passa a gerir esse novo “membro” do time. O RPA funciona dentro de ferramentas específicas, tem várias disponíveis no mercado. Em alguns casos também pode ser desenvolvidos e/ou ser combinada com outras tecnologias, tornando-se uma hyperautomation, ou hiperautomação. Esta envolve o uso orquestrado de várias tecnologias, ferramentas ou plataformas, incluindo: aprendizado de máquinas, no-code, low-code, Inteligência Artificial, iBPMS, BigData, Chatbots, iPaaS, API entre outras. Cuidado: começar a automação com tecnologias muito disruptivas pode ficar caro para a empresa e ter uma taxa de insucesso grande. Comece simples! Uma curiosidade, as áreas batizam o seu RPA. Então, qual nome você daria para o seu 1º trabalhador digital? Muitos fazem menção a Rose, do desenho Os Jetsons de 1962, ou nomes que lembram o processo, por exemplo, Admilson para a atividade de Admissão. Bibliografia: www.gartner.com/en/information-technology/glossary/hyperautomation www.gartner.com/en/articles/10-automation-mistakes-to-avoid https://blog.iprocess.com.br/tag/rpa/ www.disciplinas.usp.br/pluginfile.php/5178448/mod_resource/content/2/ABPMP_CBOK_Guide_Portuguese.pdf Rose, Os Jetsons: www.youtube.com/watch?v=2yWXDQj3IyE Autora do texto: Simone Daher
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Até quando é possível aprender? Quanto é suficiente para ser um profissional de sucesso? É preciso desenvolver competências e habilidades até que ponto?
Essas e outras perguntas fazem parte das dúvidas de boa parte das pessoas e a resposta é que não há limites quando se trata de conhecimento e aquisição de habilidades. O Lifelong Learning prega exatamente isso, estimulando a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de competências e habilidades - tanto pessoais quanto profissionais. De acordo com a pesquisa Pew Research Center, 73% dos americanos já se consideram adeptos do Lifelong Learning. Além deles, outros países já adotam a prática e investem na formação contínua de seus estudantes e profissionais. E você? Como se posiciona neste cenário? Sabia que ele está, pouco a pouco, tornando-se parte das estratégias de crescimento profissional de muitas pessoas e empresas? A seguir, falamos sobre como aplicar o lifelong learning nas empresas e desenvolver a aprendizagem continuada! Lifelong learning: como ele funciona Lifelong learning (ou educação ao longo da vida) tem o objetivo de desmistificar a ideia de educação baseada no modelo tradicional de aprendizagem. Ela propõe que o conhecimento e o desenvolvimento das habilidades aconteçam ao longo de toda a vida e não apenas em um período de tempo. A Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ) é uma instituição que representa o conceito de lifelong learning no mundo todo. Alguns exemplos de recursos utilizados para garantir a aplicação do lifelong learning incluem: · Aprendizado por meio de jogos e esportes; · Conhecer um novo idioma; · Cursos vocacionais; · Estudos sobre novos assuntos; · Estudos direcionados. 4 pilares do lifelong learning Esta nova forma de pensar e agir sobre o processo de aprendizagem se baseia em quatro pilares fundamentais, que são: · Aprender a conhecer. · Aprender a fazer. · Aprender a conviver, · Aprender a ser. 1. Aprender a conhecer Este ponto fala sobre a necessidade de adquirir conhecimento de maneira questionadora, sempre pensando a respeito de algo. O conhecimento autônomo deve ser adquirido para: Estimular e desenvolver o senso crítico; Confrontar ideias; Refletir sobre o conteúdo; Gerar questionamentos; Considerar posicionamento em diferentes situações. 2. Aprender a fazer A educação ao longo da vida considera diversas habilidades comportamentais, incluindo: Capacidade de se adaptar ao novo; Trabalhar em equipe; Ter iniciativa e proatividade; Estabelecer boa comunicação; Ter inteligência emocional. 3. Aprender a conviver Empatia, vínculos sociais e resolução de problemas são os termos relacionados a esse pilar da educação ao longo da vida. Conviver com o outro, aprender a partir dessa convivência e da troca de experiências é o caminho. 4. Aprender a ser Aqui, o lifelong learning foca na evolução do modo de agir, com características como autonomia e senso crítico. Ao longo do aprendizado, desenvolvemos novas habilidades. Como o lifelong learning agrega à sua vida profissional? Este modelo de ensino é um aliado aos estudos cotidianos e aos quais já estamos acostumados. Por isso, ele pode ser aplicado em escolas, empresas e no dia a dia. Por meio do lifelong learning, as pessoas conseguem expandir seus conhecimentos e atingir expectativas próprias e do mercado de trabalho. No ambiente corporativo, pode ser usado para criar uma cultura organizacional voltada à aprendizagem contínua, que não fique dependente das estruturas formais de conhecimento como faculdades e pós-graduação. Aqui, tudo entra em cena. Não só habilidades técnicas, mas também aspectos comportamentais podem ser aprimorados e explorados. Empresas que investem em projetos de treinamento corporativo contínuo para seus colaboradores enxergam vantagens como: · Retenção de talentos, · Aumento da autoridade da marca, · Integração de profissionais, · Otimização de processos, · Melhoria contínua em todas as áreas da empresa, · Domínio veloz de técnicas novas, · Melhores resultados para os clientes e maior satisfação, · Contribuição para imagem de marca (branding). Para os profissionais, o ganho pessoal é elevado, já que é possível adquirir conhecimentos capazes de transformá-los em referências em diversos assuntos. Como aplicar o lifelong learning Agora que você já entendeu a importância, é hora de entender como aplicá-lo à sua vida. O passo a passo é o seguinte: 1. Reconheça seus interesses e objetivos pessoais Você precisa ter bem definidas suas escolhas e habilidades, entendendo seus desejos e necessidades. Esse método não deve ser uma obrigação, mas, sim, uma forma de aprender coisas estando envolvido no aprendizado. Desta forma, ele fará parte de toda a sua vida. 2. Aproveite as oportunidades Existem várias formas de investir em lifelong learning. Uma aula particular, por exemplo, já é uma forma de fazer isso. Ver um webinar ou palestra gratuita também é outra maneira. Não necessariamente é preciso ser um curso pago ou certificações, ok? 3. Evite as desculpas Não existem barreiras para o conhecimento. Então, use todos os recursos que estiverem ao seu alcance para aprender. Nossa dica é que você crie uma rotina ou um compromisso com a sua decisão de ampliar seus conhecimentos. Você pode usar a tecnologia a seu favor e investir no lifelong learning, já que todos os assuntos podem ser aprendidos por meio da internet, ouvindo um podcast, baixando um e-book ou assistindo a um vídeo. Quando você aposta no lifelong learning, conquista benefícios sólidos, que incluem: · Mais preparo para enfrentar, encarar e se adaptar às mudanças do mundo; · Maior retorno financeiro; · Mais capacidade de liderar; · Mais satisfação pessoal. E aí? Que tal investir nisso? Apostamos que os resultados vão te impressionar! Autor: Laury Amaral |
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Março 2025
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