Você é bom de oratória? Está pronto para as transformações digitais? Conhece as melhores práticas desse segmento? Esses e outros temas referentes às habilidades necessárias aos profissionais do presente – e do futuro – foram temas do 16º PM Case Day, em São Paulo, no dia 17 de Maio. A 16ª edição do PM Case Day de São Paulo teve como o tema "As Vantagens Competitivas de ser um Negócio Digital" e contou com a participação de representantes da Microsoft, Serasa Experian, B3, e o especialista em oratória, Augusto Uchoa. 1. Oratória: temor dos executivos pode ser combatido com histórias bem contadas O ponto sensível de quase todos os profissionais é o momento de falar em público, já percebeu? Pensando nisso, abrimos a 16ª edição do PM Case Day em São Paulo falando sobre “a nova oratória no mundo conectado”. Augusto Uchoa, coach em oratória e palestrante, instigou os presentes a refletirem sobre as variantes da oratória, que nem sempre significa falar bem, mas, sim, falar com paixão naquilo que está dizendo. “Eu era tímido e tinha um apelido de Chokito na escola. Minha única forma de me aproximar das pessoas era por meio da comunicação. Foi aí que entendi a importância disso”, iniciou Augusto, promovendo uma reflexão sobre o momento atual, em que crianças usam tablets e idosos, livros de colorir. “Não existe um certo e um errado hoje em dia. Basta alguém fazer”, refletiu o coach, enfatizando que, atualmente, não há mais diferença entre mundo virtual e físico. 52% das profissões do futuro ainda não existem e é exatamente neste cenário que crianças e jovens estão sendo criados. Com a transformação digital e automação cada vez maiores, um robô pode tranquilamente fazer o trabalho de várias pessoas, então, como e diferenciar? “78% dos executivos têm glossofobia, que é o medo de falar em público”, contou Augusto. “A nova oratória é igual à alfabetização. Todo mundo pode”, enfatizou, indicando que, diariamente, 110 mil canais são criados no YouTube por pessoas que dominam a oratória, cada uma à sua maneira. Reuniões sem tempo para acabar, apresentações em PPT e outros hábitos do mundo corporativo foram alvo da crítica de Augusto, já que reduzem a produtividade e costumam representar um trabalho desnecessário. “É preciso encontrar a sua persona. Contar histórias para engajar os outros”, completou, dando ênfase ao storytelling. “O mundo é conteúdo, mais do que formatação. O storytelling afeta o cérebro, pois conecta o interlocutor a você por meio de histórias”, complementou Augusto, que recomenda simplificar ao criar apresentações, contar histórias e caprichar na hora de descobrir quem você é para afastar de vez o pavor de falar em público e melhorar sua oratória. 2. Transformação digital em TI: o desafio da B3 no PM Case Day A B3, originária da fusão entre BM&FBOVESPA e a Cetip, foi lançada em 2017, porém, antes desse acontecimento, o desafio de integrar processos e lançar sistemas novos foi grande, como explicou Mauricio Bortot, gerente de projetos da B3. Um dos palestrantes convidados para a 16ª edição do PM Case Day da Dinsmore Compass, Bortot falou sobre o processo de integrar as plataformas de ambas as empresas, que durou três anos. “Antes, elas faziam os mesmos processos, mas em plataformas diferentes”, explicou. “Nosso desafio foi verificar as lições aprendidas, a afinidade dos processos e sistemas para, então, criarmos as estratégias”, contou o executivo. Com estruturas de governança compostas por três líderes, o projeto de transformação digital em TI na B3 teve como base exemplos de sucesso em outras bolsas de todo o mundo. De maneira resumida, os números envolvidos nesse processo foram:
Diante dessa missão crítica de construção, testes, exposição ao mercado e implantação, uma iniciativa que ajudou os times a falarem a mesma língua foi um roadshow. “Levamos conhecimento e lições aprendidas de área para área”, contou Bortot. Cientes da importância e robustez desse trabalho, especialmente para uma plataforma que processa 10 milhões de negócios por dia, a equipe de TI da B3 criou um novo data center com a migração de dados. Após diversos testes, investimento em comunicação, trabalho em equipe e esforços conjuntos, em 28 de agosto de 2017 foi criada, com sucesso, a nova plataforma da B3, que dá suporte a uma das maiores bolsas do mundo. 3. Transformação digital e proteção de dados: como funciona o PPM da Microsoft Como gerenciar projetos e informações em um mundo cada vez mais conectado e cheio de dados? Foi exatamente sore esse assunto que Larissa Sartório, da Microsoft, falou na 16ª edição do PM Case Day, em São Paulo. 86% dos CEOs consideram a transformação digital como prioridade, segundo dados da consultoria PwC. “Hoje em dia, muitos projetos ficam abaixo do seu potencial”, explicou Larissa, enfatizando a necessidade de um sistema que integre dados e permita colaborações como o PPM (Gerenciamento de Projetos e Portfólio). Com estratégias em nuvem, a ferramenta entrega uma estrutura de novos produtos até software, complementou Larissa, citando as etapas de planejamento, execução, colaboração, insights e extensibilidade, abordadas pela ferramenta. Atualmente, suporte ágil, com metodologia cascata, é essencial para desenvolver negócios igualmente ágeis e trabalhar de maneira híbrida. Por isso, o PPM adiciona essas funcionalidades, bem como oferece a opção de parceiros desenvolverem apps, de acordo com as suas necessidades. “Ainda há muito medo em relação às soluções em nuvem. No nosso caso, cuidamos de toda a informação para que o usuário tenha certeza de que seus dados estão protegidos”, finalizou. Com o PPM é possível gerenciar projetos, recursos, portfólio, custos e demandas. 4. Serasa: como funciona a transformação digital na prática? A mente do consumidor mudou. Ele está mais antenado, certo do que deseja e familiarizado com as redes sociais. Por isso mesmo, empresas de crédito como a Serasa Experian também precisam se reinventar. E foi esse o desafio sobre o qual falou Carlos Sena, diretor de estratégia digital na empresa. Durante a 16ª edição do PM Case Day em São Paulo, Carlos falou sobre como o fato de a “barra ter subido” instigou a mudança na Serasa. “Nos relacionamos muito com as empresas e vemos, sempre, soluções de startup para atender a esse público”, contou. “Todos querem ter uma ‘experiência Uber’, com as coisas sendo resolvidas de forma práticas e excelência no atendimento. “Se você não conseguir entregar uma experiência de qualidade, seu cliente vai bater em outra porta”, completou o executivo. Uma das principais medidas para garantir que essas metas ousadas sejam alcançadas é colocar o cliente no centro de tudo. “Em vez de pensar no que é conveniente para a minha área, me coloco no lugar do consumidor. Empatia é a palavra”, explicou Sena. Com novos métodos, tecnologias e perfis, a Serasa Experian engajou todas as áreas na adoção de uma nova cultura, priorizando o método Agile, tecnologias cloud, API, microserviços, Project Owner, UX, UI, DevOps e muito mais. Tudo isso, no entanto, não seria possível sem o apoio das lideranças da empresas, ressalta Carlos. “Sponsorship é fundamental. Se o apoio não vem do CEO para baixo, nada acontece”, completou. Uma dica que o executivo dá é escolher um projeto-chave da empresa, também denominado de Lighthouse Project, para gerar impacto relevante ao negócio. Para isso, é necessário ter uma equipe de alto calibre e áreas de suporte falando a mesma língua. 5. Engajamento e transformação digital: os temas do painel do PM Case Day A 16ª edição do PM Case Day, edição de São Paulo, foi concluída com um painel que discutiu ideias de transformação digital , inovação, engajamento, comunicação e soft skills. Mediado pelo diretor Werther Krause, da Dinsmore Compass, o painel foi aberto por Paul Dinsmore, presidente da companhia, e contou com a presença de Augusto Uchoa, consultor em oratória, Mauricio Bortot, gerente de projetos da B3, Larissa Sartório, da Microsoft, e Carlos Sena, diretor de estratégia digital na Serasa Experian. “Fico impressionado como, a cada edição do PM Case Day, surgem novidades”, celebrou Paul Dinsmore, que abriu a roda de conversas para que Larissa Sartório definisse o que, para ela, é transformação digital. “Considero que é sempre o que o cliente e usuário precisam, com atualização constante”, pontuou. “Quem nasceu agora está em um mundo em ebulição. O ser humano é a chave de mudança e não pode ser ignorado porque tenho tecnologia”, ponderou Augusto Uchoa, que teve sua afirmação complementada por Carlos Sena, do Serasa. “Uma mostra de nossa preocupação com as pessoas nesse processo é que, em nosso Programa de Trainees, tosos passam uma semana em nosso time para que aprendam a lidar com diferentes mudanças”, explicou do diretor. “Mudar esse mindset é essencial”, completou. Sobre a composição de squads eficientes, Sena pontuou que times multifuncionais são indispensáveis. “Todos devem ter um mesmo propósito para que o squad seja bom. A diversidade é muito importante, mas os objetivos devem estar alinhados”, afirmou. Como vivemos na era da imagem, o storytelling pode ser uma ferramenta aplicada a apresentações, deixando-as divertidas e atraentes. Para Augusto Uchoa, metáforas e outros recursos ajudam a melhorar a comunicação nas empresas. “Pense se tem credibilidade no que você vende em qualquer apresentação”, complementou Carlos Sena. Ainda nesse sentido, os soft skills foram tema da análise de todos os membros do painel, com destaque para o trabalho do RH da B3, como conta Mauricio Bortot. “Eles nos ajudam na mudança. Temos cursos, workshops e uma divisão cultural de soft skills e Design Thinking”, completou. ‘Se você não falar, alguém falará por você”, concluiu Augusto, que destacou a importância de ter habilidades sociais além de um ótimo currículo para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo e inovador.
0 Comentários
A tecnologia substituirá grande parte dos empregos atuais. Essa afirmação, embora seja verdadeira, não significa que não haverá trabalho; muito pelo contrário. Segundo o National Institute of Standards, o aprendizado de máquina poderá melhorar a capacidade de produção em até 20%, reduzindo o desperdício de matérias-primas em 4%. Além disso, trabalhos criativos e com foco na inovação terão amplo espaço com a chegada da revolução digital. Embora as máquinas ganhem terreno com a chamada Quarta Revolução Industrial, o trabalho intelectual, as interações humanas, a quebra de hierarquias e o trabalho colaborativo serão indispensáveis para que as empresas superem resultados e se mantenham vivas no mercado. Como se adaptar ao futuro do trabalho Em um futuro próximo – e, em algumas empresas, no presente – trabalhos que pedem um alto grau de imaginação, análise criativa e pensamento estratégico serão os mais valorizados nas companhias, exigindo competências mais trabalhadas dos profissionais. Temas como gerenciamento e o desenvolvimento de pessoas ou que apliquem conhecimentos especializados em tomada de decisão, planejamento, bem como trabalho criativo, serão essenciais no futuro do trabalho e, por isso, pedem o desenvolvimento de habilidades específicas. Com a queda de algumas oportunidades de trabalho por conta da chegada da tecnologia, surgem outras demandas. As principais estão localizadas em vagas como analistas de big data, analistas de suporte à tomada de decisão, operadores de veículos de controle remoto, especialistas em experiência do cliente, ajudantes de saúde preventiva personalizada e gestores de riscos online. Como o potencial humano sobreviverá com a revolução digital Repensar o caráter de sua força de trabalho é tarefa de grande parte dos profissionais. Isso porque, caso sua atividade não esteja inserida nos setores listados acima, é possível desenvolver recursos humanos, enfatizando capacidades para ocupar alguma demanda desse mercado em constante alteração. Temas como colaboração, quebra de hierarquias, inovação constante e adoção de práticas que reduzam desperdícios e elevem a produtividade, minimizando os retrabalhos e aumentando a boa comunicação e motivação de todos, são chaves para garantir companhias modernas, prósperas e que combinem a chegada da tecnologia com mão de obra altamente qualificada. E você? Sua empresa está em qual momento de evolução rumo à revolução digital? Seria o momento de rever suas habilidades e focar nas mais promissoras? A nossa primeira turma do LED (Líder na Era Digital) terminou, mas as mudanças e as experiências trocadas nessa imersão de 5 dias, certamente ficarão nos pensamentos, ações e comportamento de cada um dos participantes e tutores. O evento foi muito além das expectativas e, devido ao grande sucesso do desafio, em breve turmas extras serão lançadas. O LED – Líder na Era Digital foi desenvolvido para transformar e preparar profissionais, líderes em suas organizações, para as mudanças e desafios que a era digital impôs. Realizado em três etapas (preparação, imersão e orientação), com módulos interligados e complementares, o programa garante um aprendizado crescente, consistente e de alto impacto. Durante cinco dias de imersão, os participantes realizaram atividades e desenvolveram temas como drivers da mudança, competências em liderança exponencial, criatividade e Inovação, Hackathon e Mindfulness, com enfoque cognitivista e construtivista que direcionou o conteúdo, sendo capaz de provocar a interatividade de todos com processo de ensino-aprendizagem, proporcionando a capacitação e mudança de atitudes. A próxima turma confirmada, será realizada de 17 a 21 de Setembro (Segunda a Sexta). Aqueles que tiverem interesse em participar das próximas turmas já podem começar a realizar as inscrições e consultar sobre o programa do LED 2018 acessando: http://treinamentos.dc.srv.br/pro…/led-lider-na-era-digital/ |
Categorias
Tudo
Histórico
Agosto 2024
|