Sabia que o Brasil ocupou o 51º lugar no ranking mundial de empatia, de acordo com uma pesquisa publicada pela Universidade Estadual de Michigan (EUA), em 2016, e que considerou apenas 63 países?
O povo brasileiro tem “a fama” de ser alegre e simpático. Temos muitas qualidades, mas como mostrou a pesquisa, a empatia não é tão comum entre nós. A comunicação empática desempenha um papel fundamental na melhoria da produtividade em diversos contextos, seja no ambiente de trabalho, nas relações pessoais ou em qualquer interação social. Ela aumenta a satisfação dos colaboradores e traz melhores resultados. A transformação digital e a mudança nos padrões de consumo trouxeram novas oportunidades de exercitar a escuta ativa e a capacidade de se colocar no lugar do outro. Que tal conhecer algumas formas de exercitar a comunicação empática e colocá-la em prática no seu dia a dia? A seguir, trazemos algumas dicas! O que é uma comunicação empática? Uma comunicação feita com empatia é aquela baseada na prática de se colocar no lugar do outro. Aqui, é preciso compreender as vulnerabilidades, necessidades e motivações do cliente, colaborador ou parceiro de negócios. Para que isso aconteça de forma natural, é imprescindível que a empresa adote uma cultura organizacional com foco em empatia, fazendo com que um entenda a “dor” do outro e como ela pode afetar seu dia a dia. Outro ponto importante é ser assertivo, dando ênfase à objetividade e à rapidez. Se você não for capaz de responder um assunto, diga que vai pesquisar antes de dar uma resposta completa. Como funciona a comunicação empática? A Harvard Business Review, em seu artigo “O que é empatia?”, segmentou o conceito de comunicação empática em 3 fases:
Para exercer a comunicação empática, é necessário que uma pessoa consiga aplicar cada uma dessas fases em momentos específicos. Também chamada de comunicação não-violenta, a comunicação empática revoluciona a forma com que uma empresa lida com seus clientes e colaboradores e se baseia em quatro princípios:
Quais os benefícios da comunicação empática? A comunicação empática envolve a capacidade de compreender e se conectar com os sentimentos, pensamentos e perspectivas dos outros de uma maneira genuína e respeitosa. Quando se trata de produtividade, a comunicação empática pode ter vários benefícios: Construção de Relacionamentos: A comunicação empática ajuda a construir relacionamentos mais fortes e saudáveis. Quando as pessoas se sentem ouvidas e compreendidas, elas tendem a se engajar mais no processo de colaboração, o que, por sua vez, melhora a coesão da equipe e a eficácia na realização de tarefas. Resolução de Conflitos: Conflitos e mal-entendidos são inevitáveis em qualquer ambiente. No entanto, a comunicação empática pode ajudar a minimizar essas questões, permitindo que as pessoas expressem suas preocupações e pontos de vista sem medo de julgamento. Isso pode levar a soluções mais eficazes e evita que os conflitos atrapalhem a produtividade. Colaboração Melhorada: A comunicação empática incentiva a colaboração e a troca de ideias entre as pessoas. Ao ouvir ativamente as contribuições dos outros e demonstrar interesse genuíno por suas perspectivas, é mais provável que as equipes trabalhem juntas de maneira mais harmoniosa e gerem resultados produtivos. Redução do Estresse: Ambientes de trabalho onde a comunicação empática é valorizada tendem a ser menos estressantes. Quando as pessoas se sentem apoiadas e compreendidas, a ansiedade e o estresse podem diminuir, permitindo que os indivíduos se concentrem melhor em suas tarefas e sejam mais produtivos. Feedback Construtivo: A comunicação empática é essencial ao dar e receber feedback. Quando as avaliações são feitas de maneira respeitosa e orientada para o crescimento, os colaboradores estão mais dispostos a ouvir e aplicar as sugestões de melhoria, o que contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional. Inovação: A empatia pode fomentar a criatividade e a inovação. Ao compreender as perspectivas dos outros, as equipes podem explorar diferentes ideias e abordagens, o que pode levar a soluções originais e criativas para os desafios. Motivação e Engajamento: Quando as pessoas se sentem valorizadas e compreendidas, é mais provável que se envolvam de maneira mais entusiástica em suas tarefas e projetos. Isso leva a um aumento na motivação intrínseca e, por consequência, a uma maior produtividade. Por que a comunicação empática impacta na produtividade? A comunicação empática contribui significativamente para a produtividade, promovendo relações mais saudáveis e colaborativas, reduzindo conflitos e estresse, facilitando a troca de feedback construtivo e estimulando a inovação. O Relatório Zendesk de Tendências em CX mostra que, para mais de 30% das pessoas que responderam a pesquisa, ter um agente de suporte amigável é um dos fatores responsáveis por uma boa experiência de atendimento. Segundo a PwC, 36% dos brasileiros pagariam mais por um atendimento amigável e acolhedor, enquanto mais de 60% dos brasileiros listaram “atendimento hostil” como razão para se afastarem de uma marca. O mesmo funciona com a produtividade. Você se sente melhor e mais satisfeito em uma empresa que entende sua rotina, desafios e dificuldades ou em uma companhia que só foca em resultados e cobranças? Integrar a empatia na forma como nos comunicamos pode resultar em ambientes mais eficazes e eficientes, nos quais as pessoas se sentem valorizadas e motivadas a contribuírem de maneira mais produtiva. Portanto, a aplicação da comunicação empática, mais do que um diferencial, se tornou, atualmente, uma verdadeira necessidade para quem deseja reter talentos e conquistar os melhores profissionais do mercado.
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Em tempos passados ainda afirmávamos que o Ágil era exclusivamente voltado para a Tecnologia, especificamente para o desenvolvimento de software. Esses conceitos já foram testados e avaliados por diversas áreas e aplicações, trazendo uma nova realidade.
À medida que o Ágil ganhou força e demonstrou sua capacidade (quando bem implantado) de fornecer soluções melhores, em menos tempo e com custos mais baixos, diversas empresas, áreas e equipes começaram a olhar além do desenvolvimento de software. Sempre com foco em aplicar conceitos ágeis a outros tipos de atividades. Esse movimento aconteceu de maneira tão forte que, atualmente, o ágil é uma abordagem de entrega convencional para muitas organizações, complementando outros métodos de gestão, aplicada a vários setores e para muitos tipos de projetos. Já percebemos que os conceitos de Agilidade podem empregados em qualquer Área, mas vamos traçar um perfil desse gerente de projetos? Será que ainda têm foco em Tecnologia? Líderes ágeis e sua relação com a Tecnologia: chegou a hora de mudar isso? Se pararmos pra avaliar o perfil dos gestores em projetos tradicionais ou em cascata, veremos que eles têm diversas origens e disciplinas. Entretanto, a maioria das pessoas que assumem funções ágeis ainda tende a ser focada em tecnologia. Isso vale para Scrum Masters e Product Owners, por exemplo, embora estes últimos ainda tenham as mais diversas formações em termos de áreas do negócio em que possuem experiência. As organizações esperam que seus líderes de projeto entendam o contexto de negócios de suas iniciativas - o propósito por trás do trabalho. Saber avaliar a geração de valor de uma iniciativa já é uma capacidade essencial de toda Líder de projeto. Para que isso seja possível, é essencial reunir gerentes de projetos que entendam os negócios que estão apoiando. Isso pode fazer com que as organizações otimizem o desempenho. O importante é usar a melhor abordagem para determinado projeto, e usar gerentes de projeto e de produtos que, de fato, tenham as melhores habilidades para se destacar em suas funções. Como eliminar o mito da necessidade de um Gestor Ágil oriundo de Área Tecnológica? A solução para romper com o padrão de que apenas alguém de Tecnologia poderá liderar um projeto ágil passa por recrutar, desenvolver e treinar funções de liderança de projetos ágeis de áreas mais amplas do negócio. Essa abordagem pode representar um desenvolvimento adicional de gerentes de projeto orientados a resultados. Isso os ajudará a se prepararem melhor para o gerenciamento de iniciativas híbridas. Para que isso ocorra, a entrega ágil de projetos nas áreas de negócios deve ser uma opção de carreira atraente para as pessoas. Líderes organizacionais e departamentais precisam ter mais atenção a esse ponto, enxergando além da TI. A criação de um ambiente onde o ágil é realmente cultivado na maior parte das áreas de negócios requer uma reconsideração fundamental do que é agilidade. Não importa como começou, quais áreas foram pioneiras em adotá-lo ou o apego a outros métodos, em detrimento de uma nova abordagem. O que importa é que esses métodos podem oferecer, a alguns projetos, em todas as áreas de negócios, uma chance maior de sucesso. E parte desse sucesso, vêm do perfil dos profissionais envolvidos e seu conhecimento do negócio. Autor: Marco Valadares Parece mentira, mas os primeiros usos do Scrum datam de 1993! Uma nova forma de trabalhar, que se opunha ao método tradicional de gerenciamento de projetos “em cascata”, inspira milhões de times em todo o mundo.
O Scrum, que é o mais conhecido dos métodos ágeis, sendo até confundido com o próprio Método Ágil em si, foi implantado pela primeira vez em 1993, num projeto de desenvolvimento de software na empresa Easel Corporation, por Jeff Sutherland, John Scumniotales e Jeff McKenna. Em 1995, Jeffrey Sutherland e Ken Schwaber apresentaram o termo e o framework Scrum em um congresso de Programação Orientada a Objetos da época (OOPSLA). Vale a pena destacar que o Scrum não se aplica apenas a softwares, mas também pode ser utilizado nos mais diversos tipos de projetos, sendo considerado um método iterativo (repetitivo) e incremental. Sua principal característica geral é entregar o maior valor possível para o cliente, por meio dos incrementos (entregas), no transcorrer do projeto. Altamente adaptável e inclusivo, para melhores resultados, o Scrum pode ser usado em conjunto com outras técnicas e métodos ágeis, como o XP (Extreme Programming), por exemplo. Quer saber algumas curiosidades a respeito da evolução do Scrum? A gente te conta! De onde vem o nome Scrum? Scrum não é uma sigla, sabia? Trata-se de uma jogada de Rugby, na qual os jogadores dos dois times se juntam com a cabeça abaixada e se empurram com o objetivo de ganhar a posse de bola em um reinício de jogo. A palavra termo Scrum deriva da palavra inglesa “scrimmage” que significa escaramuça (combate, briga etc.). A analogia tem o objetivo de representar uma equipe que, unida, age para resolver um problema. A primeira base do framework Scrum foi mencionada em 1986 Embora tenha sido criado há 30 anos, o Scrum teve alguns de seus conceitos básicos publicados há mais tempo em 1986, em um artigo de Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka na Harvard Business Review. Em “O novo jogo de desenvolvimento de novos produtos”, os autores compararam os processos de criação de produtos a esportes, que serviu de inspiração para a criação dos conceitos do Scrum. Segundo eles, o modelo de desenvolvimento anterior, criado pela NASA, assemelhava-se a uma corrida de revezamento. Cada membro da equipe acaba a sua tarefa e passa o bastão para o próximo. O ideal, no entanto, é que a equipe atuasse como um time de rugby, jogando em conjunto. Quem são Jeff Sutherland e Ken Schwaber? O criador do Scrum começou sua carreira como piloto de caça na Força Aérea dos Estados Unidos, sabia? Ali, ele alcançou o status de Top Gun em 1967, que são pilotos considerados de elite. Atuou 11 anos como piloto, ingressando posteriormente como professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, onde obteve seu doutorado. Ele, inclusive, co-fundou o Centro de Vitaminas e Pesquisa do Câncer com o patrocínio do Prêmio Nobel Linus Pauling! Depois, em 83, foi vice-presidente de sistemas avançados e gerente geral de um grande banco americano. Observou e defendeu que os processos preditivos em Waterfall (cascata) não estavam funcionando adequadamente para o desenvolvimento de software, devido à alta taxa de mudanças e incertezas dos requisitos desses projetos. Ele também criou o primeiro protótipo de agilidade em escala do Scrum (Scrum @ Scale) para a transformação organizacional de uma unidade de negócios. O outro criador Ken Schwaber nasceu em 1945, foi fundador da Agile Alliance e, posteriormente, fundou o Scrum Alliance, criando um dos principais certificados de agilidade do mercado. Ele é um dos signatários do Manifesto Ágil de 2001. Após desentendimentos na Scrum Alliance, saiu da empresa e fundou o Scrum Org, que também se transformou em uma das instituições que concedem um dos mais reconhecidos certificados para agilidade. Onde o Scrum é aplicado hoje em dia? O Scrum não é usado apenas nas áreas de tecnologia da informação. O framework é utilizado amplamente em outros setores, como RH, área contábil, financeiro, aviação, área jurídica, publicidade, manufatura, educação ou marketing, por exemplo. Estima-se que, atualmente, ele seja utilizado por mais de 50% dos desenvolvedores de produtos e em 70% das empresas que aplicam agilidade! Quais são os desafios do Scrum? O Scrum é um framework altamente adaptável e, por isso, vários segmentos o utilizam em diversos tipos de projetos ou até mesmo em processos contínuos de trabalho. Sua evolução ao longo desses 30 anos permitiu muita coisa, mas também gerou desafios. Muitas adaptações podem ser feitas para se adequarem aos fatores ambientais de cada corporação e equipes, criando diferentes versões do Scrum rodando no mercado. Outro grande desafio é a forma de escalar o Scrum para a empresa como um todo, sem perder seus melhores atributos, de forma que a camada executiva veja as iniciativas integradas e interligadas, e não como individuais. Outro elemento importante é a preocupação com os aspectos comportamentais para se trabalhar em equipes Scrum (e ágeis em geral), já que cada membro da equipe deve se sentir responsável pelos resultados do empreendimento, com alta motivação e capacidade de colaboração entre os envolvidos. Hoje em dia, é difícil encontrar profissionais e equipes com todos esses atributos. E aí? Você conhecia essas curiosidades sobre o Scrum? Que outras você traria para celebrar os 30 anos do framework? Conte pra nós! Autor: Cezar Meriguetti |
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