Avaliar o progresso da equipe e implementar melhorias, se necessário, é uma ação fundamental no desenvolvimento de qualquer projeto. Quem utiliza metodologias e frameworks ágeis precisa sempre avaliar as métricas, especialmente as do Scrum, mas você sabe quais são as principais? Equipes precisam, sempre, aumentar as entregas e cumprir cronogramas. Garantir que isso aconteça é tarefa principalmente do Scrum Master, que precisa dar mais agilidade e produtividade aos times e organizar o trabalho. Avaliando as métricas ágeis corretas, é possível extrair o máximo dos indicadores e otimizar o trabalho de todos. A seguir, conheça as principais métricas de avaliação Scrum e veja como avaliá-las: Como funciona o Scrum e quais métricas utilizar Os métodos ágeis oferecem ciclos de desenvolvimento mais curtos. Com eles, as entregas são bem definidas, focadas em melhorias constantes e alinhadas aos objetivos do negócio. Entre os principais estão Scrum, Lean, Smart e Kanban. O Scrum é um dos frameworks mais conhecidos e muito utilizado na gestão de projetos e desenvolvimento de softwares. Quem segue o Scrum divide o projeto em ciclos de entregas contínuas, com intervalos de tempo pré-definidos. Nessa metodologia, cada ciclo é um Sprint, que dura até quatro semanas. Tarefas são elencadas de acordo com as prioridades e, quando elas são concluídas, a equipe faz uma reunião com o Product Owner (aquele que conhece as necessidades do cliente) para validar as entregas e avaliar se são necessários ajustes. Com as métricas de Scrum, falhas são antecipadas e ajustes podem ser feitos ao longo do caminho. Assim, a entrega final é mais garantida e eficiente. As principais métricas de Scrum que devem ser avaliadas são: Velocidade (Velocity) Essa é uma das métricas mais básicas do Scrum. Ela é utilizada para medir a capacidade de entrega da equipe. É obtida a partir da entrega dos Sprints, de 1 a 3 ciclos similares e envolve pontos como tecnologia, perfil dos membros, dificuldade do projeto e conhecimento do projeto. Velocidade mede a quantidade média de trabalho que uma equipe pode concluir em uma Sprint. Ela pode ser medida na forma de pontos da história ou horas e é muito útil para a previsão. Para o cálculo da velocidade, é importante que se utilize o Fator de Foco, que se trata de um parâmetro que é multiplicado pela capacidade de produção esperada da equipe: Velocidade = Capacidade de produção X Fator de foco Exemplo:
Cálculo do Fator de Foco: Fator de Foco = Produção Real da Equipe / Capacidade de produção
Lead Time (Tempo por Lead) e Cycle Time (Tempo por Ciclo) No caso da primeira métrica, falamos de tempo total gasto entre o pedido do cliente e entrega do projeto, sem considerar o desenvolvimento. A segunda métrica, Tempo por Ciclo, considera o tempo de desenvolvimento de uma tarefa. Ela começa a ser medida a partir do status In Progress (Em andamento) até o Done (Concluído). Ela pode ser menor ou igual ao Tempo por Lead. Vale ressaltar a importância da definição de pronto para fazer (DoR – Definition of Ready) e de concluído (DoD – Definition of Done). Burndown/Burnup Chart Burndown e Burnup são utilizados para acompanhar o andamento dos projetos. São considerados três fatores: tempo, esforço e prazo de entrega. O gráfico Burndown apresenta o número de horas remanescentes para completar as histórias planejadas para a respectiva Sprint, demonstrando se o time está dentro do previsto ou não. Work in progress (WIP) Quantidade de trabalho em progresso. Administrar este indicador pode ser importante para estabilizar o fluxo e manter os resultados no longo prazo. WIP é um conceito do Lean e utilizado em um quadro Kanban, no qual determina-se quantas ações podem ser feitas ao mesmo tempo pela equipe: Diagrama de Fluxo Cumulativo O diagrama de fluxo cumulativo busca garantir que o fluxo de trabalho na equipe seja uniforme. O número de problemas está no eixo Y e o tempo está no eixo X, além de que as cores diferentes indicam vários estados do fluxo de trabalho tais com "fazer”, “em progresso”, “pronto para uso”, “em revisão”, etc. O gráfico aponta as deficiências e os gargalos com relação a cada um destes estados. Todo o diagrama deve parecer suave da esquerda para a direita. Se houver alguma lacuna ou bolha em qualquer cor, há gargalos e escassez. Então, procure maneiras de suavizar as faixas de cores no gráfico. É claro que existem outros frameworks para avaliar, porém sua implementação depende das características e necessidades de cada organização.
Deve-se ter especial atenção ao definir e aplicar as métricas em projetos ágeis, em especial quando inadvertidamente são utilizadas individualmente para comparar diferentes equipes ágeis quanto à produtividade. Cada time lida com complexidades distintas e perfis distintos. Boa abordagens recomendam análises de produtividade baseadas na melhoria contínua de cada time e no avaliação integrada de múltiplas métricas, em especial a que se refere por entrega de valor (Value Stream Mapping). Se bem implementadas, as métricas Scrum permitem que as equipes saibam o que cada pessoa está fazendo, elevando produtividade e reduzindo a margem para atrasos. A eficiência aumenta e o fluxo de projetos é facilitado.
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